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segunda-feira, 30 de março de 2015

GERALDO ARAÚJO Dilma pode mudar o rumo da história

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Observamos pelo noticiário nacional, que a presidente da República, Dilma Rousseff, tem tido muita dificuldade para colocar o país nos trilhos, ou ao menos tentar colocá-lo, depois que prometeu o mundo e o fundo para o povo para ganhar a eleição.
A presidente partiu do princípio, que o importante é ganhar a qualquer custo e depois, fazer que o que for possível. Agiu mal, mas o que está feito não pode ser mudado. Ela fez porque a oposição praticamente não existiu nos governos anteriores do PT.
Depois da vitória e da posse, um fato velho, porém, com aparência de novo se repetiu e quem tem criado dificuldades para Dilma são dois políticos filiados ao “aliado” PMDB, que tem o vice-presidente da República Michel Temer.
Os dois conhecidíssimos Renan e Eduardo Cunha, respectivos presidentes do Senado e da Câmara Federal, pertencem à base aliada e são useiros e vezeiros da prática da extorsão que o ex-ministro da educação Cid Gomes se referiu e que provocou sua demissão.
Cunha e Calheiros ao longo das carreiras políticas quase sempre estiveram na base dos governos que passaram, e com sempre, com condutas nada republicanas do favorecimento pessoal, improbidade administrativa e outras crimes de menor potencial, na visão deles, é óbvio.
Basta ver, que ambos estão relacionados nos pedidos de inquéritos que foram encaminhados pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a operação Lava-Jato.
O que a presidente Dilma tem que fazer de vez por todas é romper definitivamente com a prática dos dois, extrato do que pensam os políticos que ocupam o Senado e a Câmara Federal. Dilma precisa ir pra rua discutir com a sociedade, denunciar e iniciar um novo modelo de acordos políticos nos poderes da República em que o povo seja a prioridade.
Dilma poderia até fazer um governo ruim e longe daquilo que prometeu a sociedade durante a campanha eleitoral, mas mudaria o curso da história favorecendo os próximos presidentes da República, que se livrariam deste comportamento repugnante de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, e outros que estivessem em seus lugares.
A presidente podia também convencer os companheiros do PT a terem menos ganância pelo dinheiro público.
*Geraldo Araújo é advogado e jornalista

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