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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Único - Nilo Campos saiu em defesa de Pedro Taques e defende que o COT fique para VG para que o Operário e demais times possam usufruir

O Centro Oficial de Treinamento (COT) da Barra do Pari, em Várzea Grande, obra de R$ 31,7 milhões que deveria ficar pronta em 2014 para uso das seleções durante a Copa do Mundo em junho passado, mas ainda não tem previsão de ser concluída, já começa a causar discórdias no meio político. Na semana passada, o governador Pedro Taques (PDT) anunciou que o espaço, quando for concluído, será destinado à Polícia Militar para uso da corporação contrariando a expectativa de que o empreendimento fosse cedido para o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV).
Pelo menos 7 vereadores de Várzea Grande manifestaram publicamente que são contrários à medida de destinar o COT para a PM. Os mais incisivos foram o presidente da Câmara, Jânio Calistro do Nascimento (PMDB) e Vanderlei cerqueira (PSD) que dispararam críticas mais contundentes contra o governador. O peemedebista disse que Pedro Taques está sendo infeliz ao fazer essa escolha, classificada pelo parlamentar como “precipitada e individualista”.
Calistro enfatiza que o pedetista deveria primeiro ouvir a população e lideranças políticas de Várzea Grande antes de tomar tal decisão. “Agindo assim e isoladamente, o governador demonstra ser antidesportista e falta de respeito com a maioria dos várzea-grandenses que nele depositaram seu voto”, destacou durante a sessão noturna desta quarta-feira (22).
O vereador disse que reconhece a importância do setor de segurança em Várzea Grande diante do alto índice de violência que a cidade registra, mas que isso não é motivo suficiente para Taques preferir a PM e preterir o esporte. “Sabemos da importância da policia em nossa cidade, mas que construa uma base militar em outro lugar. Ali foi destinado ao esporte várzea-grandense tão capenga no passado e que agora tenta auto se sustentar. Tirar o COT do Operário será uma agressão direta a todos nós”.
Vanderlei cerqueira (PSD), além de tecer críticas contra a decisão de deixar o Centro de Treinamento para a PM, emitiu sua opinião dizendo acreditar que “Pedro Taques não vai fazer nada por Várzea Grande”. Outros parlamentares que usaram a tribuna e se manifestaram contrários foram: Pedro Paulo Tolares, o Pedrinho (SD), Carlos Garcia (PTC), Benedito Francisco Curvo, o Chico Curvo (PSD), Valdemir Bernardino de Souza, o Nana (DEM) e Nilo Nascimento de Campos (PV).
De todo modo, os parlamentares ainda têm esperança de que podem demover a ideia do governador para que o COT do Pari fique disponível para o Operário e demais times da cidade, bem como para o uso da população. Nilo Campos (PV) destacou ser a favor que o governador não dê o COT para Polícia Militar e sim para o município de Várzea Grande. Ele compara com o Estádio Dutrinha, em Cuiabá, onde todos os times da Capital têm acesso. Assim, o parlamentar defende que o COT fique para VG para que o Operário e demais times possam usufruir.
Nilo Campos pediu cautela pois acredita que uma conversa pode demover a ideia de Taques. Uma reunião com o governador Pedro Taques está sendo planejada pelos vereadores com o intuito de debaterem o tema e convencê-lo a não deixar o COT do Pari para a Polícia Militar.
Nilo Campos destacou ter a certeza que governador Pedro Taques vai reafirmar a disposição de trabalhar em conjunto com as comunidades de modo que será parceiro de Várzea Grande, digo isso como parceiro do governador Pedro Taques.

“Precisamos unir forças e garantir recursos para nossa cidade, devemos deixar de lado as bandeiras partidárias e pedir apoio do governo, já que ele está disposto a nos auxiliar”, explicou Nilo Campos.

Entenda
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) anunciou em 2012 que elencou o COT seria o primeiro estádio de Várzea Grande, cuja estrutura seria utilizada como a “casa” do Operário. No entanto, a obra não ficou pronta em 2014, e praticamente abandonada, se arrasta sem previsão de ser concluída. A construção teve início em outubro de 2013 e deveria ser concluída em maio de 2014, um mês antes dos jogos da Copa do Mundo. Em 2013 a obra de R$ 25,5 milhões teve o valor do contrato aditado em R$ 1,349 milhão elevando o custo para R$ 26,8 milhões.

Quase 3 anos depois, o projeto passou a valer R$ 31,7 milhões, segundo informações dadas pela extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), devido aos aditivos concedidos ao Consórcio do Pari. Formado pelas empresas Engeglobal Construções, Três Irmãos e Valor Engenharia, o Consórcio já teria recebido cerca de R$ 22 milhões. O último aditivo autorizado pela Secopa deu o prazo de 31 de dezembro de 2014 para que a obra fosse entregue.

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