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terça-feira, 17 de março de 2015

Henry aumentou patrimônio em 135% quando era deputado

De 2006 a 2010 os bens saltaram de R$ 787 mil para R$ 1,8 milhão


Entre investigados da Lava Jato, Pedro Henry é o que mais aumentou patrimônio quando atuou no Congresso
RAFAEL COSTA 
DO DIÁRIO DE CUIABA
Reportagem divulgada pelo ‘O Globo’ no domingo (15) revela que o ex-deputado federal Pedro Henry (PP) aparece como um dos parlamentares investigados na Operação Lava Jato que mais aumentou o patrimônio no período em que atuou no Congresso Nacional.

De acordo com o levantamento, de 2006 a 2010 os bens saltaram de R$ 787 mil para R$ 1,8 milhão, o que corresponde a um aumento de R$ 135%.

De acordo com as investigações da Polícia Federal relacionadas à Operação Lava Jato, Henry é um dos parlamentares que auxiliou no trancamento de pauta do Congresso Nacional no período de 90 dias para forçar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomear Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobrás.

Conforme depoimento do doleiro Alberto Youssef, Costa foi um dos responsáveis em distribuir aos parlamentares do PP quantias em dinheiro que vinham de contratos superfaturados da Petrobras. As quantias variavam de R$ 30 mil a R$ 120 mil mensais.

O PP é o partido que detém o maior número de investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em inquéritos abertos a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No total, são 32 parlamentares dos quais se incluem o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI).

De todos os investigados, o maior salto patrimonial foi do deputado Vander Loubet (PT-MS). De 2002 a 2014, o patrimônio do petista saltou de R$ 2,3 mil para R$ 1,1 milhão. 

A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), também conseguiu expressivo aumento patrimonial. No período de 2006 a 2010, houve acréscimo de 4.438% saltando de R$ 220 mil para R$ 9,9 milhões.

Investigações da Polícia Federal estimam que o montante desviado pode atingir até R$ 88 bilhões. 

Dos 81 senadores, 12 são alvos de investigação, dos quais se incluem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente da República e atual senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTB), e o ex-líder do movimento estudantil na década de 90, o petista Lindbergh Farias, senador pelo Rio de Janeiro.

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