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terça-feira, 17 de março de 2015

Deputado quer cautela e “veta” prejulgamentos com investigados

Ezequiel é um dos integrantes da comissão que investiga esquema de corrupção na Petrobras

Deputado Ezequiel Fonseca diz que não fará "pré-julgamentos"

O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura desvios de dinheiro na Petrobrás, disse que não fará prejulgamentos em relação aos investigados. 

Conforme lista divulgada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), 47 políticos são suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato. 





"Vamos seguir todo o regimento interno que disciplina a CPI, ouvir os envolvidos, aqueles que forem convocados, sem fazer qualquer tipo de prejulgamento"Entre os citados, 32 pertencem ao mesmo partido de Ezequiel. Inclusive, o ex-deputado federal por Mato Grosso, Pedro Henry, condenado no esquema do Mensalão. 

“Vamos seguir todo o regimento interno que disciplina a CPI, ouvir os envolvidos, aqueles que forem convocados, sem fazer qualquer tipo de prejulgamento”, afirmou o progressista. 

“Temos que fazer os devidos questionamentos e dar condições a ampla defesa. Aqueles que comprovarem sua inocência e forem absolvidos, tudo bem. Agora, os que tiverem envolvidos, cabe a Justiça decidir”, completou ele. 

Ezequiel passou a integrar a CPI após o afastamento dos parlamentares Sandes Júnior (PP-GO) e Lázaro Botelho (PP-TO). 

Ambos foram citados na lista da Operação Lava Jato, são alvos de inquéritos no STF e optaram por pedir afastamento da Comissão. 

A participação de Júnior e Botelho na CPI também foi alvo de críticas por parte de outros parlamentares, justamente pelo fato de eles serem citados nas investigações. 

Durante uma reunião da bancada do PP no Congresso Nacional, realizada no último dia 10, ficou decidida a substituição dos parlamentares. 

Além de Ezequiel Fonseca, passou a integrar a CPI, o deputado Fernando Monteiro (PP-PE). 

“Topo” dos investigados 

O vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PP), minimiza a presença de 32 parlamentares do PP em um rol de 47 investigados. 

“Penso que as instituições são maiores que as pessoas e o partido é maior que isso. Ainda assim, defendo que, se alguém cometeu delito, que seja penalizado e responsabilizado por isso”, afirmou ele. 

“O partido é forte, está em todos os estados da federação, tem seis vice-governadores, então a instituição é maior que isso”, completou ele. 

Além dos 32 progressistas, a lista de políticos que serão investigados tem seis parlamentares do PMDB e seis do PT. PSDB e PTB aparecem com um investigado.

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